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A RÚSSIA DOS CZARES por Emanuel Vladimir Castro (parte 4)


Na noite de 25 de novembro de 1741, a filha de Pedro, o grande, Elisabeta Petrovna Romanova, decidiu tomar o poder do maior império da terra, que neste momento era controlado e disputado por facções rivais que estavam levando a dinastia Romanov à beira da extinção, desde a morte de seu pai. Com um golpe de estado rápido e pacifico Elisabeta, aos 33 anos, tomou o poder e não esperou para nomear o seu herdeiro. Sem filhos a nova Imperatriz escolheu seu sobrinho, Peter, Pedro III, nascido na Alemanha como seu sucessor, o qual odiava a Rússia. Ele era imaturo e irritante, o auge de sua inteligência era mostrar a língua. Seu caráter duvidoso e o desprezo pela Rússia o faziam um mau candidato ao trono. Para proteger o império e a dinastia, Elisabeta queria um herdeiro em que pudesse confiar. Um filho de Pedro III, mas criado desde o berço para governar e amar a Rússia. Então, no inverno de 1744, a Imperatriz convocou uma jovem alemã ao palácio, Sofia. Era o inicio de uma odisseia de 50 anos que transformaria a filha de aristocratas empobrecidos na mulher mais poderosa do mundo, a Imperatriz Katarina a Grande.

Após a morte de Elisabeta, Pedro III assumiu o trono, sendo derrubado e morto por correligionários de Katarina, sua esposa. Derrubar um Czar era fácil, mas para que uma princesa alemã reclamasse a coroa do Czar, Katarina, aos 33 anos, teria de transformar a si mesma e à nação russa. Então, para consagrar a sua autoridade, Katarina partiu para as catedrais do Kremlin onde foi coroada.

A sede de conhecimento e poder da Imperatriz Katarina – a Grande, se tornaria lendária. Sob seu domínio, o império expandiu-se em todas as direções. Da Europa oriental até o Alaska e ao noroeste Americano, Katarina reinava suprema, sendo sua última e grande conquista, uma península no mar Negro, chamada Crimeia. Acima de tudo ela implantou reformas. Incentivou o governo local, fundou escolas e universidades, encorajou a elite russa a desafiar a tradição, e ao fazer isso, acendeu a chama dos movimentos revolucionários na Rússia.


Katarina tomou o trono em 1762, na era do iluminismo. Filósofos e escritores proclamavam os direitos do homem e a crença de que a razão podia aperfeiçoar a sociedade. Katarina se considerava uma defensora do movimento liberal. Mas os direitos do homem, colocavam a Imperatriz diante de um paradoxo. Na Rússia, cuja economia fora construída pelo trabalho escravo dos servos, os direitos humanos eram um ideal polêmico. Os apelos dos servos russos refletiam os ideais de Katarina, mas a Imperadora sabia que sua coroa dependia da lealdade da nobreza. A libertação dos servos enfraqueceria os nobres e seu trono. Os direitos humanos terminavam quando começavam a ameaçar seu reinado.


No fim, o legado de Katarina seria marcado pelo sangue. Sangue nas ruas de Paris, a mais de 1500 km de distancia, o sangue da revolução francesa. Esse mesmo sangue marcaria o destino da Rússia. Ao ver Luís XVI decapitado ela começou a pensar se os ideais iluministas tinham levado a isso.

Em 1796 a revolução rompeu as fronteiras da França. O exercito Frances invadiu a Itália, liderado por Napoleão.

Diante da morte, Katarina pensava cada vez mais em seu sucessor. Em cinco de novembro de 1796, a Imperatriz foi paralisada por um AVC e na noite seguinte ela viria a morrer, após governar por 34 anos.

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