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A RÚSSIA DOS CZARES por Emanuel Vladimir Castro (parte 5)


Por 71 anos a Rússia fora governada por mulheres, primeiro Elisabeta, filha de Pedro - o Grande e depois Katarina - a Grande. Com a morte de Katarina, assumiu o trono seu filho Paulo I. Então, em seu primeiro ato, ele estabeleceu que apenas os homens da dinastia Romanov podiam assumir a coroa russa. Paulo mudava de ideia o tempo todo. Nobres ansiosos temiam o caos. Rumores de um golpe para levar Alexander, filho de Paulo, ao poder começaram no dia de sua coroação. Em 11 de março de 1801 o Czar foi deposto e morto.

Pela terceira geração consecutiva um Romanov tomou a coroa de outro. Mas a culpa da morte do pai consumiu o jovem Czar de 22 anos.


Inspirado por ideais liberais, Alexander sonhava com uma constituição, mas nunca concretizaria seu plano.

Em 1811 Alexander fechou uma aliança com a Inglaterra para por fim ao domino de Napoleão sobre a Europa, iniciado em 1796.

Napoleão respondeu, invadindo a Rússia com meio milhão de soldados. Graças ao inverno e a tenacidade do povo russo, Napoleão foi derrotado. Deixando em solo russo 475 mil de seus soldados invasores mortos.


Com a vitória contra a invasão de Napoleão, Alexander embarcou numa cruzada para eliminar Bonaparte e devolver as capitais europeias a seus monarcas.

Em 1814, as forças aliadas comandadas pelo Czar atravessaram a Europa e chegaram aos portões de Paris. Alexander entrou na cidade em triunfo. Este foi o resultado do século XVIII para a Rússia. A Rússia passara o século se aproximando da Europa, tentando se mostrar uma nação igual às europeias e, agora, lá estava o Czar, comandando a Europa na derrubada de um usurpador cruel, Napoleão. Mas no berço do iluminismo e da revolução, a guarda de elite do Czar conheceu o poder da política liberal.

No retorno a Rússia muitos jovens oficiais de Alexander estavam inflamados com os ideais de liberdade, igualdade e reforma. Eles se reuniram em segredo e imaginavam o impossível, uma constituição para a Rússia Czarista e absolutista. Os revolucionários sabiam que Alexander não concordaria. Ele já havia abandonado os ideais liberais diversas vezes.

Em 1825, as margens do mar Negro, o Imperador morreu. Sem filhos, o herdeiro do trono seria seu irmão mais novo, Nicolau I.

Nicolau I aprendeu a hostilizar e a esmagar a revolução. Revolução esta, que se armava durante o período de transição entre Alexander e Nicolau. Em 14 de dezembro de 1825, Nicolau ordenou que a elite russa jurasse lealdade ao seu reinado.

Oficiais rebeldes, os Dezembristas, reuniram-se na praça do senado em São Petersburgo. Eles exigiam uma constituição, uma nova forma de governo. Ao meio dia, 700 oficiais rebeldes esperavam na praça. Tropas leais a Nicolau os cercaram. Então, o Czar chegou ao local. Poder absoluto ou uma constituição. Por alguns momentos o destino da Rússia esteve incerto. Então, Nicolau abriu fogo. A rebelião Dezembrista e o sonho de mudanças políticas tiveram um fim abrupto. O Czar reinava supremo. Nicolau I preservara a dinastia Romanov. O império Russo era reconhecido como a nação mais poderosa do mundo. Mas este foi apenas o começo de um século de revoluções. Nicolau mandou os soldados rebeldes para o exílio na Sibéria e os lideres da revolta para a forca. Para ele, democracia e constituição estavam fora de questão.

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